Lus(c)ofonia

Dá pra imaginar a floresta de papel e dinheiro que será consumida em decorrência da nova reforma ortográfica da língua portuguesa? (imagino que nem as felizes editoras são capazes de arriscar um palpite...).

Será que condenar à pena de morte o trema, tirar de circulação alguns acentos e hífens, reconhecer oficialmente a cidadania de "k", "w" e "y", fará com que o português saia mais redondinho das bocas dos nossos alunos e "professores" e entre suavemente pelos nossos pobres e castigados ouvidos?

Podemos nos dar ao luxo de torrar toda essa dinheirama com a reedição de livros e mais livros, em tempos de vacas tão magras? Não seria mais inteligente e menos perdulário aplicá-la na construção de escolas, formação adequada de novos educadores, salários dignos aos profissionais do ensino da rede pública (em particular), e tantas outras medidas urgentes na direção da melhoria geral da educação neste(s) país(es)?

São perguntas que não querem calar... ao menos para mim.