Nada vejo!

Acorrentado na escuridão.

Nada vejo,

Simplismente sinto.

Meu corpo está cheio de bicho.

Eles comem meu coração

Sinto-me na penuria,

Nesta caixa preta

pequena

Sombria.

Cavei minha tumba,

Estou inexpressivo,

extinto.

Jugaram meus pensamentos,

Acorretaram-me junto ao despreso.

Cavei o posso da angustia,

afoguei-me na injustiça do mundo.

Nada vejo,

apenas sinto,

Pois calam meus labios,

furam meus olhos.

Nada vejo!

Alisson Vital
Enviado por Alisson Vital em 12/07/2008
Reeditado em 15/07/2008
Código do texto: T1077150
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