A INGRATIDÃO
Certa vez me pediram uma reflexão sobre a ingratidão. Tema complexo e muito presente no nosso cotidiano.
Começo com um pensamento: “O pior dos defeitos é a ingratidão, que despreza e apedreja hoje, quem o beneficiou ontem” (Torres Pastorino).
Pois é, infelizmente existe a dor. Dor física, emocional... e a dor doída da ingratidão! Sentimento nefasto que desvaloriza nosso sentimento de viver, apunhala nosso convívio humano, que deixa sangrando a ferida até esgotar a última gota. Como dói a ingratidão! A ingratidão existe porque existe a devoção. Devotamos nossa amizade, carinho, afeição, atenção... e somos traídos em nome da falsidade. Que ingratidão! Esse sentimento que fere nossos sentimentos deixa na boca o gosto amargo do desprezo, da dor doída, da ferida aberta, do sangue derramado... como dói a ingratidão!
Aceitar a ingratidão é coisa ainda difícil, entendê-la é distante para quem sofre com essa dor que machuca. Ela, como um charco de lodo e de lama que invade a candura e simplicidade de uma amizade devotada, de um carinho oferecido, de um amor consagrado a alguém que, por traição, mancha com a podridão um coração e uma alma, abrigo da ternura. A ingratidão é um ponto de fraqueza no caráter de alguém a quem se quer bem, porque a ingratidão só dói quando vem de alguém a quem fizemos o bem ou queremos bem. Quanta dor nos causa a ingratidão.
É isso.
Deus nos abençoe.