O dia em que resolvi calar-me

O dia em que resolvi calar-me

Não sei há quanto tempo resolvi calar-me

Talvez tenha sido no momento em que parti

Ou naquele ultimo telefonema.

Bobagem, tentar lembrar-me quando ocorreu.

Há tantas feridas que seriam desenterradas, que.

É mais fácil nunca imaginar como teria sido.

Sem tempestades, sem furacões.

Sobretudo, as coisas são diferentes.

Olhares ríspidos, frases secas.

O clima ideal para se viver, mas, não para mim.

Preciso de nossas pequenas futilidades, da sua massagem no calcanhar.

Não sei há quanto tempo resolvi calar-me

Talvez tenha sido no momento em que parti

Ou naquele ultimo telefonema.

Calei-me por culpa, medo, receio.

Não disse o que deveria ter dito,

Naquele ultimo telefonema.

Simplesmente abri feridas, criei tempestades e guiei furacões.

Os olhares não puderam ser vistos e a

Ausência de frases surgiu quando os lábios emudeceram.

Sei há quanto tempo resolvi calar-me

E não foi no momento em que parti

Ou naquele ultimo telefonema.

E já não é mais bobagem tentar,

lembrar-me de quando ocorreu.

As feridas nunca foram enterradas.

Resolvi calar-me no dia que percebi,

Que seu amor já não era mais meu.

No dia que dei aquele ultimo telefonema,

Ao invés de lutar por ti, calei-me.

Restando uma chance, calei-me e parti.

Augusto Angélico 04/07/2008

Guto Angelico
Enviado por Guto Angelico em 14/07/2008
Código do texto: T1079483
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