Vulnerabilidades... Uma reflexão!

No quebra cabeça do ser

É só aguçar bem o saber

Que aos poucos irás perceber

As diferenças nas transparências

Do vulnerável ao inatingível

São couraças em forma de máscaras

Nos mecanismos de defesa da dor

É algo muito sutil... Meio vazio

Ao mesmo tempo liberta e aprisiona

Voa... Dá o salto... Ou chumba os pés

De um lado você se torna inviolável

Noutro eis você solto e volátil

Perceba como há seres inalteráveis...

Intransponíveis e inexpugnáveis

Dotados de segurança inquestionável

Seguros de si... Frios e calculistas

Até na forma de amar são autistas

Não expõe às suas vulnerabilidades

Já os transparentes contrastam pela visibilidade

Colocam para fora as suas vísceras

Estão acima das emoções e malícias

Confesso! Não nego a preferência...

Por estes que se valem da consciência

Sem as armaduras ou quaisquer ciências

Parecem mais humanos... Menos imunes

Às regras... Aos proclamas da razão

São como folhas secas lançadas ao vento

Estão entregues ao Deus dará o seu sustento

É aí que se encontram os verdadeiros poetas

Porque sabem que ninguém se basta a si mesmo.

Hildebrando Menezes

Nota: Dedicado à poetisa Ceci

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 21/07/2008
Reeditado em 21/07/2008
Código do texto: T1090496