Um bate papo com Shakespeare
Um bate-papo com Shakespeare em pensamentos...
Shakespeare diz: Quero poesia na minha vida, aventura e amor. Acima de tudo amor. Não a atitude simulada do amor, mas o amor que avassala a vida. Incontido, desgovernado, como um motim no coração... que nada possa deter. Nem a tragédia, nem o êxtase. Amor nunca visto em uma peça.
Eu digo: Ah, Shakespeare... Sei lá... Minha intenção é dividir a poesia da minha felicidade com toda a poesia do olhar 'sóbrio-embriagado-de-amor' Dele... E juntos faremos uma grande e bela poesia! Poesia essa de luar, brisa, cheiro, paixão e aventura!
Porém não uma aventura qualquer! Faremos uma daquelas que 'prende a respiração' (estilo o poema de Fernando Pessoa) Assim... Aventura só de cair na real e ver que estamos juntos no lugar mais simples do mundo...
Simples depois que acorda, porque passa o clima, mas o encanto não se quebra. Ah! também queria 'dar amor' pra ele, tipo presente besta do dia-dia, dose de amorzinho, sabe? (estilo o poema de Casimiro). Mas não atitude simulada de amor!
Aquele amor de momentinho, cheirinho, amor de amorzinho... Não! É Amor... Acima de tudo, AMOR! Aquele amor, assim... (estilo o poema Álvares de Azevedo). Eu falei QUASE, porque é preciso ter fé, 'querença-bem-de-tá-pertinho'... Ah... Então é TUDO mesmo, pois tudo juntinho é amor!
Amor, mas amor assim... Tipo o poema que vou escrever com Ele. Porque desses amores, nunca vi.
Ele também nunca viu, mas para falar a verdade, nunca se viu em Poema algum.