O pulmão da arte

Toda arte nasce no momento que o artista a transpõem para cena concreta ou a concretiza numa tela ou papel. Mas toda arte só respira quando o olhar alheio toca sua existência.

Do que adiantaria se Rodan , Shumman, Picasso, Carravagio, Machado de Assis, Eça de Queiroz, João Cabral de Mello Neto, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Manuel Bandeira, Fernando Pessoa, Lima Barreto, Cecília Meireles, Florbela Espanca e tantos outros que de tão intensos não há espaço que os caibam, consumisse em longos goles a profundidade de suas habilidades sem conceder ao mundo o privilégio da existência de suas artes?

Quando a arte não é compartilhada ela vive, mas não respira.

O pulmão da arte é o olhar do outro.

*Busco de alguma maneira tocar os sons que esses artistas propagam. E embora todos já estejam mortos: ainda respiram!!!