“Eu, ser o nada”

“Eu, ser o nada”

Queria dizer o que sinto!

Como saber como...!

As amarguras do nada,

No nada se acumulam...

E, se calam.

Forçam a alma ao desgosto.

O espírito à solidão!

Na noite silenciosa das sombras...

Sem luar, sem estrelas, sem chão!

Quem sou eu neste universo?

Um perverso gastrônomo da vida,

ou sereno consumido pela natureza?

Que o desabafo aconteça,

Inda que no sonho profundo,

Nas abissais da mente!

Que frutifiquem no bem,

Elevem-se no éter

E de boas sementes.

De candura, de paz,

De alma pura, racional,

A este ser nada!