Sobre o vício.

Vícios, na verdade, não existem. Só são uma desculpa - e, esfarrapada - para não deixar de fazer aquilo que se gosta e que é perigoso e que é confuso e que é proibido e que uma pessoa de bem não... bem, vício não existe.

Não digo que nós - nós, viciados - amamos mais ao jogo ( ou cigarros ou alcóol ou meretrizes ou outros mais emaranhados ainda ). Não. Amamos mais - é claro - nossas famílias, nossos amigos, nosso trabalho.

O que acontece é que acreditamos de verdade que iremos levar pra casa mais dinheiro, muito mais que aquele posto na mesa do poker. E não acreditamos que somos imortais, acreditamos apenas que morreremos antes que o cigarro possa nos matar. E não preferimos meretrizes, o que acontece é que queremos ser bons, ser experts, aprendemos com elas para proporcionar noites incríveis para nossas esposas que são as únicas e, verdadeiras, mulheres de nossas vidas.

Mas, o Deus de todo o mundo é o mesmo. A vida é ingrata e injusta com todo este mundo. E quase sempre nossos planos límpidos e puros acaba por virar isso que chamam: vícios. Desgraçados vícios.

Guilherme Bastos L
Enviado por Guilherme Bastos L em 01/09/2008
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