SOBRE PREGUIÇA

Penso que a preguiça é inerente a todo ser humano. Provavelmente, há, em algum lugar de nosso íntimo, um lugarzinho onde está instalado isto (será que poderíamos considerar a preguiça como um estado? Passageiro para uns e eterno para outros?), que é considerado um dos sete pecados capitais.

A quantidade de preguiça presente em nosso corpo varia. Algumas pessoas a possuem em quantidade mínima e a disfarçam tão bem, que é quase imperceptível aos olhos alheios. Nestas, a preguiça geralmente se limita a vontade de ficar na cama por mais alguns minutos, não querer levantar em dias que amanhecem preguiçosos (Sim! Até os dias se acham no direito de serem preguiçosos!) ou na vontade de não querer realizar tal ou qual tarefa, enfim, se permitem serem preguiçosos por uns breves momentos, mas como a preguiça lhes é ínfima, levantam no próximo minuto e realizam todas as tarefas, por mais preguiçoso que lhes pareçam o dia.

Já em outras pessoas, temos a impressão de que a palavra preguiça está estampada com letras garrafais em suas testas. Vemos a preguiça em sua fala, seu andar e, principalmente, em suas atitudes. Para estes, como dizem por aí, o mundo precisa acabar em barrancos...

Estes dias, julguei certo ser (humano) como irresponsável, entretanto, hoje percebi que, talvez, a irresponsabilidade seja apenas uma conseqüência e não o verdadeiro problema, como havia imaginado anteriormente (Vejam bem! Precisamos ter um pouco de cuidado em nossos julgamentos, podemos nos precipitar e errar quanto as nossas conclusões). Neste momento, contudo, acredito que o verdadeiro problema seja, realmente, a alta dosagem de preguiça presente no seu corpo. Isso mesmo! A alta dosagem de preguiça! Não que ele deixou de ser irresponsável assim, da noite pro dia, porém, a sua irresponsabilidade é gerada pela preguiça que direciona a sua vida. Ou seja, ele não cumpre com suas responsabilidades, simplesmente, porque a preguiça não permite. Se este pecado capital não lhe fosse tão aguçado, tenho certeza de que nunca ninguém ouviria nenhuma reclamação a respeito dos seus atrasos, tarefas incompletas ou descumprimento de acordos.

Pergunto-me, agora, será que existe remédio contra a preguiça ou este ser e alguns outros estão condenados para sempre?

Bem, se houver, por favor, me avisem!!!

Dany Ziroldo
Enviado por Dany Ziroldo em 04/09/2008
Reeditado em 09/01/2009
Código do texto: T1161892
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