Sou sombra na madrugada.

Sou sombra na madrugada.

(Sávio Assad)

Desprendendo do meu corpo inerte,

caminho a procura de minha alma gêmea.

Tudo ao meu redor é sombrio e inerte,

tudo sem sentidos e sem sentimentos.

E caminho, flutuando sobre estradas

e encruzilhadas escuras, assim meio

perdido, sem sentido, sem prazer e sem

pudor carregando o peso desse vazio.

E a cada instante fraquejo, ao longo

de uma visão ofuscante, já opaca.

Que sem saber me consome e me

destrói, apagando a minha visão.

Tenho que retornar, o dia amanhece

e sem saber tomo meu corpo inerte,

energizando-o novamente. Abro os olhos

e descubro a realidade. Eu preso aqui,

neste corpo novamente.

Niterói - RJ - 11/09/2008

Sávio Assad
Enviado por Sávio Assad em 11/09/2008
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