Sou tudo e muito mais...
Já fui uma cigarra,
Também uma alienada.
Houve tempos em que fui Águia,
Perfurei horizontes e não obtive nada.
Me senti por várias vezes uma coruja
Quando, durante as noites, dentro de casa, eu vagava.
Gostei muito quando fui uma gatinha
E, no telhado, só vivia amada.
Já bailei na Ribalta.
Era feliz e nem me tocava.
Por vezes, desesperada, um ET me tornava.
Com minhas insônias, sentia-me entendiada.
Com amor tórrido, saliente, eu me deleitava.
Amor demais dei à amizade que me cercava.
Nunca me arrependi, pois valeu a pena por todos ser amada.
Agora chego à conclusão que fui tudo e sou muito mais na hora da chegada...