Pesadelos

“3 e 5 da manhã

A magia se mostrou mais falsa do que eu imaginava

A luz artificial esta novamente acesa

A dor nada artificial também

Algo aperta meu peito com tanta força que parece um grito no silencio

Minha cabeça esta doendo

Não consigo parar de pensar milhares de coisas ao mesmo tempo

Será mesmo que o amanhã só vem se houver sacrifícios?

Alimentar a dor é o único caminho?

Brincar com vidas não é brincar

É algo do tipo doloroso

Uma marca sangrenta no peito todo o dia

Dormir é tão complexo

Os olhos morrem e os pesadelos surgem

Acordar no desespero

Uma agua no rosto

Essa face podre e desconhecida no espelho

São tantos segredos

Tantas mascaras e de nada serve

Ao deitar na cama a criança atormentada perde suas tantas mascaras e o pranto volta num instante

Fingir esta ficando cada vez mais sufocante

Já não me serve essa coisas de viver de instantes

Preciso tanto de um beijo teu

Aquele beijo que conforta

Teu calor me dá vida, me deixa calmo, me faz respirar, sonhar de novo

Parece obsessão

Pode ser, talvez, não sei

Perdi tanto, ganhei muito mais

Mas me parece tão pouco

Essa escuridão rotineira que me tira o sono

Só me faz lembrar que eu escolhi viver assim

Caindo andar por andar

No desespero e no medo de nunca parar

Chega uma hora que cair é algo tão intenso

Que o chão é só um refugio ou um muito maior desespero

Talvez ela não saiba

Que agora faz parte desse pranto, desses versos, da canção

E que um simples abraço sincero pode apagar uma enorme parte dessa solidão.”