delírios de um ser

Junto dos pecados adormecerem em risos

E na armadilha que é dizer

Sopro veneno como forma de expressão

Cinco horas e cinco minutos

De uma semana que não existe ainda

Caminhando em tetos como rios adormecidos

Sem ter controle do agora

Um café na madrugada

Sinto falta de você

Um passeio noutra hora

Sem vontade de partir

Um amigo, um bom escrito

Para muito recordar

Como é bom sentir o frio

E saber que há calor

Como é bom ouvir os rios

E ouvir da sua boca,

Que eu sou homem, e você

É mulher com a vida toda

Não se esqueça de voltar

Qualquer hora pra sentar e a gente se olhar

Sobre algo que passou

Sobre o amor que não acabou

E o desejo que ficou como laço de amizade

Como a verdade de um sentir explodir

Num prazer de abafar pensamentos

E sofrer com mais desejo