Sensibilidade

A dignidade de um homem não pode ser medida pelos erros ou pelos acertos em demasia, muito pelo contrário, o caminho coloca vários degraus construindo a escada da vida numa rota que não tem volta só ida, uma fuga na lateral talvez, mais do que isso não pode, pois não existe retrocesso dos feitos e nem acontece o retrocesso dos tempos, diante de tal menção o melhor era nem existir, o melhor era nem confeccionar em mim a estrada que ainda está por vir, sobretudo percebe-se a necessidade de minha existência nessa sociedade sórdida que julga o outro como se fosse sã, como se fosse limpa das mazelas que encarde o nome sociedade.

A verdade é a melhor coisa para a alma de alguém, mentir para o outro é um punhal de ponta e gume que não só fura, mas fura e rasga a carne ao mesmo tempo provocando um corte fundo na dimensão do ser humano e depois como já não bastasse a dor, a ferida é difícil de curar e a cicatriz fica para o resto da vida como uma tatuagem em tempos de adolescência. O amor cura tudo, cura o tempo, cura a espera, cura a dor e esfacela odor que ficou na ferida do punhal, porém sucumbir a vertente que abre no peito a soletrar o que a satisfação acelera uma ação e um estado de espírito.

O tempo é cruel, passou por nós sem dar uma determinação da existência numa época passada e quando faz aparecer o toque que esclarece o destino deixa uma armadilha de prontidão para que o pão não seja mexido da cesta, por ventura isso será um alerta da imaginação? Não sei nem o que dizer mais nessas minhas ilustrações da emoção, o que sei é que justificar o que a vida me cedeu não vai trazer de volta o tempo que retrocede a meninice das transformações.

O faro que meu nariz sente não é muito bom agora, não dá para perceber o outrora, não dá para entender o que a necessidade faz, mas com certeza dá para imaginar o que o socorro conduz e assim vou imaginar o futuro sem temer nada, sem agir desigual, apenas racional como ser humano que sou como fomentador do amor, não quero gripar meu coração com o vírus da ilusão e nem trafegar na minha vida a sensibilidade perdida e sim o néctar que desenvolvi através de um pequeno toque que meu joelho eclodiu.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 16/10/2008
Reeditado em 16/10/2008
Código do texto: T1231349
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