O mundo de cada um

O mundo de cada um

Ao nascer a criança começa a construir seu próprio mundo. Primeiro pelos estímulos instintivos do seu corpo que o induz a saciar a fome no peito materno. O seu mundo está limitado ao contato com o seio que o alimenta, naquele momento inicial de sua vida. Nos momentos seguintes os estímulos externos vindos ao cérebro da criança, pelo sistema sensorial, aos poucos vão ampliando o seu mundo. Ele descobre diferenças entre cores. Profundidade, pessoas objetos e até animais. O seu universo é restrito à amplitude do seu conhecimento.

Os seus horizontes aumentarão á medida que o seu conhecimento crescer. E assim será até se completarem os seus dias. Creio que mesmo na eternidade sempre haverá constante ampliação do conhecimento.

Alguém já disse: quando alguém pensa já saber tudo, é porque ainda não sabe nada. É verdade!

Há os que aprendem ouvindo os mais experientes, a maioria, no entanto, aprende sofrendo conseqüências dos seus erros ou descuidos, às vezes irreparáveis.

Há conhecimentos edificantes que preparam as pessoas para uma vida vitoriosa, e há outros perniciosos geralmente buscados em fontes corrompidas e de cunho emocional que só servem para confundir e embaraçar os desavisados.

Daí a necessidade de boa estrutura familiar, onde o casal chefe da família dê bom exemplo de vida, tendo e zelando, por princípios tais que lhes forneça autoridade moral para cuidar da integridade de cada membro de sua família. Principalmente na infância e na adolescência onde os indivíduos em formação em contato com outros de sua faixa etária geralmente mal informados que emitem conceitos e preconceitos conforme as suas próprias emoções causadas pela sede de importância pessoal; por reações de excitamentos das químicas orgânicas, cuja produção em larga escala nos seus organismos jovens é proporcionada pela tela retangular de seus televisores, que descarregam em com muito vigor, de forma irresponsável verdadeiro lixo imoral; e pela generalização da violência nos lares, onde os princípios básicos necessários à formação de bom caráter foram deteriorados desde gerações anteriores em que os valores éticos familiares foram desprezados.

Falsos valores compõem o mundo individual de grande parte da sociedade. Cada um forma para si um universo próprio, conforme o que pensa ser o melhor. Os parâmetros usados baseiam-se no princípio de que cada indivíduo acredita ser o centro do mundo, que todos e tudo gravita em torno dele. Ainda com o agravante de, sabendo as suas limitações, querer parecer o que não é. Com isto transmite uma tripla imagem. Primeiro: aquela impressão que a pessoa tenta passar aos seus circunstantes, tentando mascarar as suas limitações. Segundo: a impressão que causa nas outras pessoas, que não é exatamente aquela que ela tenta passar. Terceiro: finalmente, a impressão que ela tem de si própria, que também, quase sempre não é real, pois sofre distorções provocadas pelas fobias, complexos e exaltações.

Isto não quer dizer que todos são iguais. Há pessoas e pessoas. Há autênticos para si e para os outros. Os que perceberam que pertencem a um contexto e consideram os outros superiores a si mesmo. Descobriram que todos somos limitados e que nos completamos como humanidade. Que a palavra básica da vitória é tolerância; que o trampolim para o êxito é cooperação; que o amor ao próximo é a chave da felicidade.

Planaltina, DF, 17/08/2008 - S.A. Oliveira