Permitir

Permitir. Confesso que esta palavra me encanta, eu a vejo como palavra do bem, positiva. A palavra dos bem amados, realizados, dos altruístas. Contudo quantas concessões há embutidas neste verbo, antes de se permitir terá que ser ter coragem, aqui não há lugar para covardes. Ao nos permitir simplesmente sorrimos e choramos para vida com prazer e sem medo. É colher as rosas do jardim do destino, se ferir com seus espinhos e ainda assim achar beleza nas feridas. É deixar de ter pena de si mesmo, ter consciência dos caminhos a serem seguidos e do porque de um atalho, de um passo atrás, de uma nova escolha e principalmente se perdoar caso tenha pego a estrada errada. Ver desafio, prazer e aprendizado nas dificuldades das veredas do porvir. Permitir-se é simplesmente não ter medo de amar a vida. Pois a vida só ama aqueles que a amam, e a amam de verdade, por inteiro. É difícil amar si mesmo e até ao próximo, se não toleramos amar nem a vida, a dádiva maior do criador. Sendo assim ao nos permitir, nos é dada à chave da porta da felicidade. Porém se atente, este é só o primeiro passo, tão somente a chave da porta, ainda haverá de se abrir a porta, ultrapassa-la, seguir um certo caminho, deparar-se com escolhas, há um pouco ainda há ser feito. Então vamos nós permitir, pois tolo é aquele que pensa que a felicidade bate a sua porta, nós é que temos que nós “permitir” que ela chegue até a nossa direção, e nós dê o presente da chave de sua porta. Sendo assim nós é que batemos na porta da felicidade, se assim nos permitirmos.