Onírico amigo

Entrei na sua casa que foi minha por dezenove anos

entrei no seu quarto que foi meu

olhei pela janela, cuja vista era só minha

você me disse muitas coisas que não me lembro

você era como na foto, bonita

mas seus nuances eu desconhecia

pois nunca tinha te visto em vida

e você ria

e eu te disse que aquela janela era minha

e você abriu uma caixa engraçado

e vi muitos cogumelos coloridos

eu nunca os tinha visto de perto

e eles tomavam formas elásticas

como um chiclete de tutti-fruti

e você disse que, quando grávida

tinha comido cogumelo

entao pensei que seria tudo bem

mas seu marido chegou de repente

ele era alto, de óculos e voz estridente

alguem que eu devo ter cruzado na rua

e nunca reparado,

mas a cara dele grudou na memória

e ele virou teu marido, que sei que não tem

e rimos

e olhei pela janela

que sei que nunca mais vou olhar

e não estava quebrada

pois era agora a sua casa

e você tinha consertado

arquiteta que 'e.

(esse foi um dos sonhos mais malucos que tive com pessoas que nao conheco pessoalmente. um misto de lugares que nao mais vou com coisas que nunca fiz. os cogumelos sairam de um filme que recentemente assisti, mas o que a senhora estava fazendo na minha casa, Vany Grizante. heheh!!)

Laís Mussarra
Enviado por Laís Mussarra em 22/10/2008
Reeditado em 07/11/2008
Código do texto: T1241350