Sociedade dos poetas vivos

Não desmerecendo de forma alguma o trabalho, a honra e o talento dos nossos “imortais” mortos; quero neste meu singelo texto destacar o valor de poetas vivos.

Considerando quanta importância e prestígio tem aqueles que já se foram, consideremos que para nós, humildes poetas e escritores vivos as coisas são bem difíceis; nunca impossíveis.

Meu sonho, ou melhor, um de meus sonhos, não o maior deles é ser reconhecida em vida.

Sei que depois de minha morte, quem sabe... Somente Deus o sabe,até minha própria família:filhos,irmãos,amigos, venha então se interessar por meu trabalho,valorizando,publicando aquilo que durante toda minha vida sonhei fazê-lo.

Mas minha luta é, hoje, e será até o fim de meus dias em meio a tantas aflições que o mundo nos causa, ser ouvida, enquanto sou viva.

Grandes de nossos ilustres imortais não gozaram desse privilégio, sei. A exemplo um que admiro e muito seu trabalho:Casimiro de Abreu.

Outros como nossa querida Cecília Meirelles, teve melhor chance.

Falta de estímulo, falta de força de vontade, falta de coragem, falta de oportunidades?Não sei. Sei que tragicamente muito de grandes talentos ainda continuam escondendo em gavetas preciosos e excelentes obras em pleno século vinte e um como eu ,escondia até pouco tempo atrás.

Espero que, com meu incentivo, minha fé e minhas preces, levantem sim uma bandeira nova de determinação, e venhamos ser motivados a nos unir numa sociedade de poetas vivos.

Fernanda Ferreira Baylon
Enviado por Fernanda Ferreira Baylon em 27/10/2008
Código do texto: T1250201