Ser humano

Por vezes quero ser a leveza

De uma folha tenra

Que de uma árvore se liberta

E no chão é carreada, involuntária,

Pelos braços cerrados de redemoinhos.

Ou ser como grãos de areia

Que na praia se amontoam e desmancham

entre os ciclos da lua

Ao sabor de vadios ventos marinhos.

Ou ainda ser como pequenos peixes,

Que lépidos se deliciam no caos

Das águas de um rio em corredeiras (...)

Não desejo a mim um ser concreto

Nem extenso, nem conciso.

Quero ser errante, inexato.

Quero ser apenas humano, ser humano.

O Caçador de Sonhos
Enviado por O Caçador de Sonhos em 31/10/2008
Reeditado em 17/11/2008
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