Um dia, um homem, um sonho

um dia uma homem teve um sonho. Um dia, um homem e só um sonho. O que seria um dia em semanas, meses, tantos anos, em uma vida, o que serão apenas vinte e quatro horas. O que seria um homem perante a humanidade, diante do mau e do bem, das enfermidades, das tristezas as quais o coração humano está suscetível e frágil, quem seria ele, mais um nascido, mais um corpo fadado ao sofrimento de viver e aprender, evoluir, crescer, compreender o fardo pesado da vida por viver, passar em vão talvez e aguardar o fim natural de todos os corpos, de todos os homens, este homem, mais um homem. Em tantos dias comuns em meio a tantos homens que os fazem assim, veio um pensamento, emergiu algo que penetrava dentro da carte e mudava qualquer consciência, fazia o tempo ser diferente, iluminava qualquer escuridão, e trazia a vida os mortos, o poder inigualável, insuperável, a força inegável da esperança, possibilitada apenas, por ele, um sonho. Um sonho que mudou o mundo, que moveu homens a serem mais homens que outros, mais bravos, um sonho que deu força e coragem a muitos, travou guerras e não mediu a carne, fez os dias diferentes, inigualáveis a qualquer outro, nenhum dia mais foi igual, nenhum homem mais se atreveu a não existir, todos os dias e todos os homens com este sonho foram únicos, foram sonhos formados em pensamentos, sentimentos. Tantos fizeram historia, tantos negaram suas historias, foram tantos que me convenço que ainda é possível crer neste sonho, entre tantos, um dia, um homem, sonhou em amar.