PENSAMENTOS DEVANEADOS (De 1022 a 1034)

(Socrates Di Lima)

1022

O chamado é o convide para que os corpos se consumam em chama,

É o vai e vem dos corpos em furor, sobre uma cama.

(Sócrates Di Lima)

1023

Joga-me sobre tua cama,

Cubra-me com teu lençol de cetim.,

Sob ele, arranca-me a alma em chama,

Porque morro de tesão nesse amor sem fim.

(Sócrates Di Lima)

1024

Lampejo de amor me enlouquece,

É fonte de desejo quem me enrijece.,

É tesão que me contorce e me extenua,

Ao sentir teu corpo me roçando, toda nua.

(Sócrates Di Lima)

1025

Vem me engole, gulosa, despudorada,

Como quem está no cio, subindo parede.,

Cavalga sobre o pênis, louca, indomada,

Grita, arranha, rasga, mata tua sede.

(Sócrates Di Lima)

1026

Vem te envolve na orgia secreta do amor a dois,

Entre quatro paredes, em segredo, te entrega feito bandida.,

Não importa o mundo lá fora, nem o quem vem depois,

Pois, não há nada melhor do que o tesão de quem ama escondida.

(Sócrates Di Lima)

1027

Esperar é o segredo de ter. Quem espera tem, não importa o tempo. O momento é certo e por certo, acontecerá, basta esperar.

Sòcrates Di Lima)

1028

Não posso fazer do meu coração um presídio para nele ficar só quem merece. Um presídio é lugar para quem cometeu crime grave contra a vida e amar não é crime. Prefiro fazer do meu coração uma estrada para que nele possa passar uma multidão, porém, só permanecerá nela quem realmente teve o privilégio de iniciá-la e nela permanecer até seu destino final. (Sócrates Di Lima)

1029

Dói em meu peito a saudade dela,

Quando pelo óbvio se faz distante.,

É desejo sem freios que me flagela,

É sonho louco que me deixa delirante.

(Sócrates Di Lima)

1030

Musa, minha eterna musa,

Tu bem sabes que minha carne queima.,

Quando em pensamento tu me usas,

Deixando-me teso e meu gozo teima.

(Sócrates Di Lima)

1031

Todas as noites, ao cair do meu silenciar,

Pego-me com o pensamento a te buscar,

Envolvo-me nos abraços que tu podes me dar.,

E eu me entrego na fantasia de te amar.

(Sócrates Di Lima)

1032

Louca paixão que nunca se põe fim,

Mesmo transformada em amor que sempre quer mais.,

Que busca o tom da alma ao som de um clarim,

Cantarolando minhas a emoções eu me perco nos meus ais.

(Sócrates Di Lima)

1033

Beba do cálice do pecado.,

Beba do amor,

Beba do desejo.,

Beba da loucura,

Se embriague do tesão.

(Sócrates Di Lima)

1034

Amor bandido, amor que judia, amor que maltrata, amor que tira o sossego da alma. Não há porque viver um amor bandido se o amor tem por obrigação ser perene, suave, acolhedor, protetor e parceiro da razão.

(Sócrates di Lima)

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 21/11/2008
Reeditado em 14/09/2010
Código do texto: T1296173
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