A Correlação do Cinema com a Literatura

Alguns intelectuais acham que quando uma obra literária é adaptada para ser transformada num filme, a mesma, além de perder a sua qualidade, desvaloriza a imaginação dos leitores, pois deixa a história aprisionada a um único ponto de vista: a visão de mundo dos produtores do filme. Pessoalmente, não tiro a razão dessas pessoas, mas as mesmas têm que entender que, ao invés de o cinema ser interpretado como um inimigo mortal das boas obras literárias, deve ser considerado como um amigo da literatura nacional e internacional. Porque o cinema transforma livros, que muitas vezes possuem uma linguagem muita complexa, em histórias que podem ser entendidas por qualquer pessoa. Deixando, portanto, a obra literária mais acessível à população leiga.

Posso citar como exemplos capitais os filmes inspirados nas obras do escritor Jorge Amado, tais como: Tiêta do Agreste, Gabriela – Cravo e Canela e Dona Flor e seu Dois Maridos. As obras literárias de Nelson Rodrigues (A Vida como Ela é, Vestido de Noiva e etc.) O consagrado filme inspirado na obra em prosa de Mário de Andrade: Macunaíma. Além disso, posso citar como exemplos de filmes inspirados nos livros de autores estrangeiros aqueles que tem como referência as obras de Shakespeare, Proust, Júlio Verne e Stephen King. Sem dúvida, meus caros, o cinema é o instrumento mais eficaz de divulgação da literatura, valorizando-a e engrandecendo-a.

Aliás, posso até afirmar que o cinema e a literatura formam um casal com muitas afinidades e, no final das contas, ambos ganham com esse matrimônio. Se é um casamento por interesse? Talvez sim. Mas nesse caso é uma situação perdoável. Porque quem mais lucra com isso é a sociedade.

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 21/11/2008
Reeditado em 21/11/2008
Código do texto: T1296271
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