Amo-te
Traduzo hoje o que tanto meu imo quis lhe proferir,
porém sempre de modo impronunciável,
através dos tun-tuns e toda cadência do peito.
Revelo-te agora meio que sem jeito, sentimentos intocáveis:
Feche os olhos e acompanhe a voz que quer ressoar.
Ouça o som, como um brado que quebra o silêncio,
E sinta o clamor de espera do meu coração...
Um grito que ecoa pelo peito, mas que nos lábios não faz efeito
devido a sorumbática timidez...
Ouça mais uma vez a veloz batida do meu coração,
Batidas num ritmo de orquestra, que amiúde diz:
Amo-te, Amo-te...
Eternamente.