SÉRIE ALMAS PEQUENAS Nº 07 - O CONSUMISMO

Há muito tempo a sagaz ambição teve uma luz mais lucrativa que a afro-escravidão;

E lançou mão de seus cruéis propósitos com ares de simpatia;

Assim surgiu uma famosa utopia sobre os tapetes vermelhos da industrialização;

Vendendo a sua conspiração e passando como troco o mito da democracia!

Nem mesmo a milenar astúcia chinesa, que ao famigerado dinheiro inventou;

Competiria com todo o fervor da criativa britânica revolução;

Que desde então, imensamente maior foi a multidão que sem senzala escravizou;

E o inconsciente coletivo hipnotizou por intermédio das correntes da compulsão!

Essa doença que nem consta nos catálogos, mata de culpa quem não compra;

E deixa cega e tonta, a alma fútil que se depara com o sedutor comercial;

É um apelo descomunal e que a todo comendo cerebral sabota e afronta;

É um assédio cafetão que a dignidade desmonta, reduzindo o ser humano a um cifra banal!

O prejuízo alocado pelo lucro absurdo do consumismo;

É um voraz e insaciável abismo que nos obriga ao complexo de supermercado;

Quem o seu tiro houver acertado, sucumbirá perante os ópios desse hedonismo;

Quem discernir seu transtornado psiquismo será bem mais recompensado!

“Miserável homem é esse cuja alma se conforma em ser produto” (Reinaldo Ribeiro)

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 23/12/2008
Reeditado em 23/01/2009
Código do texto: T1349680
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