Bagunça de Natal – Uma reflexão

Este período natalino nos ensina que do meio da bagunça temos muito a aprender se formos suaves elevando nosso pensamento aos ensinamentos do Menino Jesus.

É um convite que nos é feito todos os dias, mas nestes em especial, ele se apresenta com contornos festivos, mas ao mesmo tempo pleno de pedagógicas possibilidades saltitando a toda hora em nossa cara.

Tudo além dos fatos e do próprio tempo. É algo meio que sobrenatural de intensa profundidade e ébrio de alternativas que surgem a cada momento como o sopro do vento a bater em nosso rosto e entrar pelo ar que respiramos.

Uma de suas facetas é que parece que nos tornamos nesses momentos sublimes, verdadeiramente humanos, tolerantes, amorosos, carinhosos e acima de tudo solidários uns com os outros.

Há toda uma liturgia onde voltamos a ser crianças para incorporar as mensagens lapidadas noutras épocas e imortalizadas na memória popular, qualquer que seja a nação, raça ou local de origem nos sentimos impregnados desse toque divino.

Não nos cabe julgar, nem sofrer pela ânsia de tentar desvendar ou compreender os desígnios de Deus para nossas vidas, mas tem que deixar-se envolver pela ternura das crianças e da alegria e pureza que delas emana.

Creio que nós somos como um canal cósmico que capta a energia que se despreende de um centro de luz e que se nossos corações estiverem sintonizados nesse espaço mágico, captaremos o sinal e seremos pólo retransmissor do bem querer e de todas as outras benevolências que daí advém.

Antes de tudo é necessário uma alma piedosa, num coração onde caibam todos, sem exclusão, pelo menos no sentimento afetivo do perdão e da compreensão das nossas fraquezas e limitações, sendo piedosos com a gente mesmo e com o outro, despidos de

tudo aquilo que causa ruído nessa linha de transmissão.

Para que isso aconteça na sua integralidade há também que não ser covarde e enterrar o homem velho para que em seu lugar nasça um novo menos omisso e covarde, mas sim construtivo, digno e honrado. Sendo assim passaremos a um novo plano como se fossemos enxertados no coração da trindade e de lá fizéssemos a nossa morada eterna.

Esta é a visão que eu tenho do paraíso que começa aqui e agora... Hoje!

Hildebrando Menezes

Obs: Em comemoração ao Natal/2008 com a honrosa presença de Kassa, Angel, John, Kivia e Lily – inspirado no poema de Taciana Valença – É preciso...

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 25/12/2008
Reeditado em 26/12/2008
Código do texto: T1352265