SÉRIE ALMAS PEQUENAS Nº 08 - A MALÍCIA

Quando a maldade extravasa, ela costuma se abrigar até na inocência;

Desde que conte com a anuência de um determinado personagem mui jocoso;

Que a tudo vê segundo o seu olhar malicioso, sem compaixão e sem clemência;

Que estoca lixo em cada cena que pensa, que só produz tudo que for indecoroso!

Sua sentença é generalizada vala comum;

A amoralidade não faz jejum quando desfruta de seus apetites;

Sua má interpretação não tem limites, se dá a intuir sem nexo algum;

É de uma deslealdade incomum, mas complacente perante os seus deslizes!

Os olhos do malicioso são produção industrial de pura mácula;

A sua mente é aguda faca, mas sua língua é desprovida de sinceridade;

É um açoitador covarde, que exclusivamente pelas costas nos ataca;

Saqueia ingenuidades qual pirata, não acredita no existir da idoneidade!

Cessa n’algum ponto desse mundo seu universo mais deprimente;

Mas quando a consciência está doente, tudo se torna plenamente pavoroso;

Mesmo o ser vivente mais honroso, igualmente não reputa por inocente;

Tudo é completamente indecente na suja mente de um ser malicioso!

“O nível de impureza que transcende novos corpos costuma ser equivalente ao que se esconde em nossas almas” (Reinaldo Ribeiro)

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 06/01/2009
Reeditado em 23/01/2009
Código do texto: T1370160
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