Ainda
Pensamentos. Tantos sempre.
Meu mundo parece pequeno demais. Desespero, redemoinho no peito. Por onde? Por onde ir?
Não houvera o fantasma do fracasso rondando! Jamais poderia aceitar. Não aceito derrotas , talvez adie vitórias. Eu ou o destino. Destino ou circunstâncias. Não posso tanto.
A vida é mais que aquelas paredes. Há certa nobreza que nem sei bem praticar. Falta de vocação. Se há destino e mundo o mundo e o tal me chamam lá fora, gritam: vem depressa! Eu te espero!
O tempo não espera. Quero derrubar paredes e gritar bem alto! Por onde? Por onde?
Perdi meus amores. Há tantos a ganhar. Resta ainda a vida toda. AINDA. E este ainda é agora. E agora contam poucos anos. Anos de realizar, de plantar depressa, depressa.
Tenho pressa, tenho febre. Perdi certas coisas, não posso perder outras. Viver sem realizar é perder a vida em vida. Por onde? Por onde?
Deixa-me escolher o meu caminho! Eu escolho. Escolhi. A vida. A paixão. O mundo. Eu vou.
Pôr-do-sol no Jardin deTuilerie. Outono. O mundo todo. Sozinha . Bem mais. O primeiro passo. Conquistas, vitórias. Planos, planos. Fatos.
De repente o redemoinho. Forte. Talvez em breve. Espero, almejo. Sinto.
Como me tornar eu mesma ? A parte de mim que eu sei que vai. Atropelar os medos, o que me prende, que me negou tantas vezes vitórias?
(E o sorriso no fim do túnel das lembranças, que se fez marca de derrota) (ah, meu bem...ah, meu bem...)
É a história que se repete das mulheres fortes e frágeis, sensíveis e fortes, intensas e sabe o que dá.
Apaixonada e apaixonante. Que belas palavras.
Resta ainda a vida toda. AINDA. E este ainda é agora. Por onde ir? Por onde ir?