Lavando a alma

Enquanto passeava na chuva sozinho andando no meio da rua, pensamentos brotaram sem parar, talvez este tenha sido o momento em que tive minha virada de ano. Enquanto a água seguia caindo sobre mim, fazia o balanço da minha trajetória até ali, momentos de dor e felicidade, qualquer outro detalhe fora estes a meu ver, se tornam completamente fúteis. Olhava a cidade deserta e silenciosa, apenas com o delicado som que a chuva emitia quando se chocava com o asfalto. Senti apenas que não era por acaso que estava ali naquele momento, já tive outros momentos de reflexões como este que resultaram numa mudança de atitude e geraram bons resultados, e o mesmo era o fato de está justamente ali naquele local, confuso não? O engraçado é que não esqueço esses momentos que julgo como limite entre o antes e depois. (Profundo isso)

Lembro-me de estar sentado em uma calçada olhando para o nada inerte com as pessoas passando diante de mim como se não pudessem me ver, como se eu não estivesse ali. Depois de perceber isto de alguma forma, jamais voltei àquela calçada.

As pessoas já não me viam mais, depois de um tempo as mesmas pessoas que passavam por mim e parecia não me ver, reconheciam-me e faziam questão de me cumprimentar, não é fantástico?Como consegui?Caminhando na chuva senti apenas que este ano será de grandes mudanças, um ano que marcará um novo ciclo.