INDIFERENÇA

Poderia fingir ser triste ou, quem sabe, alegre em demasia, no entanto, temo ser apenas indiferente...

Já faz tempo que meu peito não acelera, por paixão, espanto ou euforia. Nem as lágrimas os meus olhos umedecem, seja por tristeza ou alegria.

Invento tempos, espaços e pessoas, tanto, que hoje já tenho dúvidas sobre minha sanidade, sobre esta ou aquela verdade. Será que estou ficando louca, assim tão rápido, assim tão moça?

Penso, penso, penso... Mas nunca me resolvo. Deixo que o tempo me envolva e desfaça os sentidos de todos os sonhos, revoltas, tristezas e alegrias. Deixo que o tempo me envolva e me entrego à indiferença, esta que de tão cruel permite-me possuir somente o vazio.

Por hoje, não desejo nada. Não desejo ter, estar e muito menos ser.

Por hoje, contento-me com o vazio, o silêncio e esta minha indiferença.

Dany Ziroldo
Enviado por Dany Ziroldo em 09/01/2009
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