Amadas, amantes...

“Não se afobe, não

Que nada é pra já

O amor não tem pressa

Ele pode esperar em silêncio” (Chico Buarque)

Quantas amantes já teve em sua cama? Quantos amores sem alma viveu? Ilusão em escala de cinza, que nem se investe por notar, com facilidade, o quão efémero e fugaz algo é em essência...

Se o amor cabe no silêncio de um olhar, e não morre nem com a repetição cotidiana, pois se renova quando as alma estão em sintonia, cantando a mesma canção, dando cor, sabor e tom ao existir, que deixa de ser solitário e passa a ser a vivência dua convergida em una, o equilibrio, o máximo que se pode tender, em vida, ao “pleno”.

Amar a fração de uma alma, amar da louca a calma, da dramática a ironia, da tímida a melodia, da séria a distração, da sonhadora a ilusão, amar em todas uma fração, mas se ver diante daquela que tem miníma simetria ao que ja conhece, que te desafia a ser quem você é (talvez seja o melhor), alguém que não liga para o que você pensa ou diz, mas que quer te entender até a raiz do cabelo te observando sem você notar, para te surpreender na hora certa... Mulher sutil, esperta, que te sorri com sedução só pra te fazer ter a certeza, todo dia, que é você o sonho dela a noite toda, que é a maior sorte que ela já teve foi te encontrar...

Mas a busca, sempre intensa, cheia de expectativa e pressa, que nao cessa de tentar achar em cada olhar a resposta, ou o brilho que te fará reconhecer que encontrou a mulher que tantas vezes ja sonhou mas não conhece o rosto, o gosto, o cheiro, o jeito, só sabe que ela existe, pois a energia que sai dela de algum modo te atrai...

Tem hoje e amanhã, muitas horas, muitos dias, muitos sonhos para sonhar antes de encontrar, para aprender, quando alcançar dar o devido valor, lembrando de cada dor, como dói a solidão, o abandono em meio ao caos, e quando segurar nas mãos, de dedos entrelaçados, apertar com firmeza, temendo todo o tempo perder o aconchego mais suave, e a realização, com cada poro, dos desejos mais loucos e os mais comuns...

Escrever na areia com os dedos dos pés dois nomes, ver o mar apagar, não interpretando como a premissa de um possivel fim, mas como o selo feito pelas ondas, que jamais deixam de ir e vir à praia, da eternidade de uma união...

Será que já aprendeu a ser forte para não se abater com as lágrimas de sua amada? Já aprendeu a ler entrelinhas, de modo a ver, em meio aos sorrisos quando sofre uma mulher que exige demais de si ser sempre forte? Será que já aprendeu a ouvir criticas de tudo o que você faz, que tem como unico intuito fazer você notar que está dando menos atenção que deveria? Será que ja aprendeu a elogiar uma mulher quando esta está com uma cara abatida e ja experimentou todas as roupas do armario porque acordou se sentindo verde e com anteninhas? Será que já entendeu que mulher é como a lua, que se mostra e se esconde, mas é a luz que você sabe que pode contar a noite? Será que entendeu que cada mulher tem um jeito de dizer que se está com você é porque você a interessa mas também teme, com toda a alma, ser só uma distração?

Mulheres... Se são rosas tem espinhos, se princesas tem frescuras, cada uma com seu toque, jeito seu, raridade, delicadeza que exala perfume suave, que inebria e abate o coração do mais machão, deixa derretido, babando, pois sorri só pra ficar tudo bem, e tem um colo tão quente, um sorriso tão meigo...

Decifra-me ou devoro-te....

T Sophie
Enviado por T Sophie em 10/01/2009
Reeditado em 05/08/2009
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