Mulheres de Atenas

Sempre dispostas a darem a vida a seus homens. A esperá-los. Aguardá-los. Tecendo panos novos para vesti-los. Fazendo pães frescos que emboloraram. Espremendo a uva e armazenando para com o vinho bom embriagá-los e se deixarem levar, ao prazer masculino.

Feiticeiras, bruxas, fadas, mães, filhas, meninas. As mulheres são sempre de Atenas. Atualizadas, profissionais, saem para ganhar o pão. Nem sobra mais tempo para amassá-lo. Nós é que  levamos os moços para a cama, quando queremos, afinal, eles sempre querem.

Nada de esperar.... "Quem sabe faz a hora...". Grandes mudanças. Mas, mulher de atena, se sou,  dou-me o direito de ser frágil, sonhar, sofrer por amor, batalhar a minha vida e pagar meus compromissos, educar meus filhos, mas se quiser, choro por ele. O quanto tiver que chorar. Mesmo que seja para que as lágrimas sequem e virem uma folha, a ser guardada no meu livro. Aquele.
Sônia Casalotti
Enviado por Sônia Casalotti em 10/01/2009
Código do texto: T1378125
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