Sobre o fundo do mar
Não escolhi ser sozinho, mais do que adianta personificar pessoas se chega uma hora que o eterno se perde na efêmera tentativa de possuir sonhos voláteis.
A escolha de nossos caminhos futuros nos separa da realidade vivida, e seu único elo se não menos é a tola tentativa de acreditar que seremos lembrados para sempre.
Sonhos é a parte benéfica da vida, escolhas são labirintos onde nos separamos daquilo que se é descartável.
Escolhas são gestos, palavras, até mesmo um adeus.
Para trás fica muito coisa, fica até mesmo lágrimas, que em seu volume acaba por assim a extinguir aquilo que um dia fora um mundo. Torna-se um lugar perdido no tempo, esquecido nos vastos oceanos de nossas vidas.