Sobre o fundo do mar

Não escolhi ser sozinho, mais do que adianta personificar pessoas se chega uma hora que o eterno se perde na efêmera tentativa de possuir sonhos voláteis.

A escolha de nossos caminhos futuros nos separa da realidade vivida, e seu único elo se não menos é a tola tentativa de acreditar que seremos lembrados para sempre.

Sonhos é a parte benéfica da vida, escolhas são labirintos onde nos separamos daquilo que se é descartável.

Escolhas são gestos, palavras, até mesmo um adeus.

Para trás fica muito coisa, fica até mesmo lágrimas, que em seu volume acaba por assim a extinguir aquilo que um dia fora um mundo. Torna-se um lugar perdido no tempo, esquecido nos vastos oceanos de nossas vidas.

Lobo do norte
Enviado por Lobo do norte em 19/01/2009
Reeditado em 27/09/2011
Código do texto: T1393071
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