Eterna Infância

De certo imaginar não é se apertar por um funil,

Mas a gente cresce e limita-se a sonhar com mudanças,

E são longas esperas...

Parece até que é impossível ser novamente infantil,

E aí, a gente senta numa roda com muitas crianças,

E entramos no mundo delas...

Redescobrimos que o encanto está numa dobradura anil,

E entendemos que se envelhece por viver de lembranças,

Adultos vivem em celas...

As crianças têm em mãos a chave, possuem um dom sutil,

E sem perceberem, manifestam a liberdade nas danças,

São barcos sem velas....

Não se preocupam pra onde ir, nenhum lugar é vazio,

Os ponteiros param, e o tempo brinca de lambanças,

Pois há sempre crianças...!

E que dentro de nós haja sempre crianças...

Doces e singelas!!!

André Luis da Costa da Silva
Enviado por André Luis da Costa da Silva em 16/04/2006
Código do texto: T139809