Eterna Infância
De certo imaginar não é se apertar por um funil,
Mas a gente cresce e limita-se a sonhar com mudanças,
E são longas esperas...
Parece até que é impossível ser novamente infantil,
E aí, a gente senta numa roda com muitas crianças,
E entramos no mundo delas...
Redescobrimos que o encanto está numa dobradura anil,
E entendemos que se envelhece por viver de lembranças,
Adultos vivem em celas...
As crianças têm em mãos a chave, possuem um dom sutil,
E sem perceberem, manifestam a liberdade nas danças,
São barcos sem velas....
Não se preocupam pra onde ir, nenhum lugar é vazio,
Os ponteiros param, e o tempo brinca de lambanças,
Pois há sempre crianças...!
E que dentro de nós haja sempre crianças...
Doces e singelas!!!