Eu e as amoras

Ontem me pus a pensar porque gosto tanto de amora? Lembrei-me que quando mais jovem quando ia à casa de minha irmã tive meu primeiro contato com amora. E olha que eu já havia feito vinte! O pé de amora não estava no mesmo terreno que eu, seus galhos passavam sobre o muro e eu colhia as amoras "da vizinha". As roxinhas, pretinhas eram as mais doces, mas também me deliciava com as "de vez", verdinhas...

Me veio um "insight" e comparei a minha vida as amoras que eu comia. As madurinhas era o doce sabor de viver, as alegrias, presentes da vida, amigos, tudo de bom. As azedas os dissabores, desencantos, os tropeços... E fiz um longo estudo em meus pensamentos: a amora estava verde e mesmo assim eu a retirava do pé e comia, fazia cara de "azeda", as maduras e docinhas...comia com prazer com cara de satisfação. Eu tinha a opção de escolher verde x madura.

Mas na vida às vezes não temos esta opção entre o doce e o azedo, temos que engolir.

Mas sabe mesmo assim adoro amora! As doces, as azedas. Que venham as amoras!

Maria Del Carmen Trajano
Enviado por Maria Del Carmen Trajano em 23/01/2009
Reeditado em 27/01/2009
Código do texto: T1400502
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