DIVAGANDO SOBRE AUTOR, OBRA, CULTURA E SOCIEDADE

Lista linda, mais lenha na fogueira, rs. !...(Sim, essas letras foram escritas a título de comentário em uma lista literária e já não me lembro quando e onde.)

Se a pirueta pirueta mais que a pirueta, mutatis mutandis, mais que bala-doce, o elogio, a crítica, o olhar crítico e o juízo, mais que doce e bala, tudo questão de escala... isso quanto a Pavlov.

Na dialética do lindo-e-feio, a oscilação na auto-regulação, pulsante, e no Machado a autonomia e a independência autor/obra.

Potência e ato: a assincronia e a atemporalidade - quantos dos insights ainda não foram interpretados ou traduzidos de forma a externarem-se em comportamentos? Quantas das provocações não se converteram ainda em fatos, mas sim produziram alterações nos autores de ações, modificando ações deles, no advir? – arco retesado!

Talvez disso nos fale Tereza ao citar a auto-regulação na cultura: “Cultivar a liberdade de produção é, a meu ver, muitíssimo mais precioso, não apenas como realização pessoal, mas também como dinâmica cultural.“ Aqui sim, o elogio seria apenas um dos mecanismos de mudança cultural, acenando com a existência do meio não hostil. Mas não seria o único mecanismo, porque tal meio proveria outras formas de reconhecimento.

Que mundo louco não seria aquele, ou é, que só reconhece o valor da obra após a morte do autor.

Seria a negação do agente, a sociedade controlando a distribuição do poder e do prestígio que a obra dá ao autor – mas assimilando-a ou apropriando-se dela como patrimônio social a título de herança. “A vida não quer ver ninguém bem” da canção popular.

Ou seria uma forma de praticar a elevação e o enriquecimento do patrimônio cultural da humanidade através do lema: “a adversidade constrói”; Aumento o meu nível de exigência para a qualificação e espero que disso a qualidade da produção também se eleve, na tentativa de ultrapassar as barreiras que imponho.

Coisas que pensei, apenas isso e nada conclusivo.