Devaneios de uma mente desesperançada

Magoa-me e sofro, por me deixar levar por esperança claramente perdidas.

Como é possível acreditar mais uma vez nas mesmas promessas, essas outrora quebradas sem qualquer pesar.

Em repetidos momentos como esse, levam-me a pensar que todas as minhas oportunidades de amar passaram durante a juventude e seu começar lúdico e inocente. Agora resta-me somente a esperança cinza e sempre perdida, de tentar construir um amor de colcha de retalhos.

Sofro por acreditar que promessas quebradas, só porque ditas de outra forma e em outro momento podem ser cumpridas. Sinto mas, não serão. Tudo em sua teoria é tão bonito e mágico, e como uma garota perdida e sozinha deixo levar. Mas quando mulher abro os olhos, e suplica-te por fatos tangíveis, a triste e amarga realidade, faz o sonhos se espalharem por mil pedaços, como o quebrar de uma taça de cristal... Não há nada, não haverá nada...

Penso que talvez seja você o último homem, que não há mais ninguém no mundo capaz, ou com vontade de me amar. Talvez eu não mereça mesmo mais ser amada. Vejo no espelho o tempo passando pelo meu corpo, marcas, rugas, quedas... não me desejo, quem me desejaria?

Mas quando penso em acabar com tudo isso, você me envolve a distância nesse manto mágico de possibilidade impossíveis. E aposto em todas elas, tudo que não tenho mais.

E mais uma vez, como tantas outras, estou aqui, sozinha, a espera de nada e de ninguém. Obrigada por acrescentar a dor já latente, mais razões para me fazer acreditar que não há mais sentindo para continuar a tentar.

Volta aquela vontade imensa de sumir, de terminar, de acabar, de deixar de acreditar que existe felicidade além dos curtos momentos felizes.

Obrigada, por trazer a esperança com uma mão, e arrancar a mesma com a outra.