Olha mãe...

Não penses que não melembro de ti!

Lembro-me e muito, todos os dias, lembro-me por exemplo:

quando era pequenina e tu me limpavas as lágrimas ao teu avental!

lembro-me quando ia para a escola e tu me davas o lanche que eu contente levava na mala!

lembro-me das festas que me fazias, dos beijos que me davas e pedias!

lembro-me de muita coisa minha mãe.

Hoje já crescida já mulher e mãe não te revelo o quanto gosto de ti...

Sabes porque?

Porque o mundo (que os meus filhos ao de mudar) nos pos nos gestos a vergonha, na face a secura e no coração uma grade...

Ha mãe, quantas vezes desejo abraçar-te, levantar-te no ar, andar contigo as minhas cabalitas e brincar a cabra cega.

Mas o meu ar adulto, o meu olhar sério, esta mascara que nos põe impedem-me de o fazer!

Mas deixa-la mãe...

Hoje precisamente no dia em que te estou a escrever eu ponho nestas palavras, neste papel e nesta tinta uma lágrima de saudade que tenho...

Um beijo para ti tão grande, tão doce como ninguem teve...

Como ves mãe, é facil, é ´só ver-te no meu pensamento, e ai estou eu a dançar contigo, a dançar e a dançar...a valsa da meia noite.

Mais um beijo, hoje faz dez anos que partiste...

Milay
Enviado por Milay em 02/02/2009
Código do texto: T1418722