Revendo "Dualismo"de Olavo Bilac

Somos tão complexos e cheios de contradições.

Pensamos de uma maneira e agimos, muitas vezes, de forma diferente.

Em nosso interior, duas forças se confrontando.

Quem vencera? Haverá vencedor?

Bilac no poema "Dualismo" diz:

"Não és bom, nem és mau: és triste e humano...

Vives ansiando, entre maldições e preces,

Como se a arder no coração tivesses

O tumulto e o clamor de um largo oceano.

Pobre, no bem como no mal padeces;

E rolando num vórtice insano,

Oscilas entre a crença e o desengano,

Entre esperanças e desinteresses.

Capaz de horrores e de ações sublimes,

Não ficas com as virtudes satisfeito,

Nem te arrependes, infeliz, dos crimes:

E no perpétuo ideal que te devora,

Residem juntamente no teu peito

Um demônio que ruge e um deus que chora."

Li este poema na adolescência. Nunca o esqueci, pois já naquela época, apesar da pouca idade, percebia quanta verdade ele continha.

Hoje, este poema me vêm a lembrança ao tentar entender certos comportamentos tão contraditórios.

Duas forças antagônicas a nos governar. Uma luta constante entre o racional e o irracional.

Somos assim forjados. O desafio é: A busca, constante, do equilíbrio

Dizer que nossas reações são apenas químicas, é muito simplista. Se assim fosse, bastariam algumas drogas, e vários problemas estariam resolvidos.

Sinto que há algo mais: uma força; que está acima de nossa compreensão.

Energia e Matéria cores complementares.

Lisyt

Lisyt
Enviado por Lisyt em 03/02/2009
Reeditado em 03/02/2009
Código do texto: T1419235