EXORCISMO

Venha aqui, venha.

Venha, que te imponho a mão…

Venha, que vou orar por ti.

Tens um demônio aí, posso ver.

Esse demônio não te deixa ver o céu,

que o céu não é visto com olhos pobres,

porque Deus é rico e não gosta de pobreza.

Estou de mãos estendidas para tua cabeça, venha.

Assim!!!

Antes é preciso tirar o capuz

e mostrar a cabeça embolorada,

sobre a qual se espargirá o óleo da razão

até caírem as carapaças AdãmediEvais,

e por fim chegar à cara deslavada, que ganhará novo tom...

Faz-se indispensável encarar o sol; é como se mata a hipocrisia,

a dissimulação, e se absorve a verdade, a coragem.

Depois beberás na fonte de Sofia, para afugentar a indigência cognitiva...

Porás os pés no chão, serás senhor de si e hás de adquirir mais consciência da vida.

Serás o que és... Simplesmente tu... ( C )Ético, em atenção a tua própria sensibilidade de pensante, que não se permite invadir espaço alheio, posto que esperas respeitem o teu;

que se condói com a dor alheia, pois se sabe frágil.

Sê, pois, livre do obscurantismo, em nome da Razão e do Espírito da Ciência,

e não te submetas outra vez ao jugo das hostes irracionais...

Amém.

Antonio Leal
Enviado por Antonio Leal em 24/02/2009
Código do texto: T1455126
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