MORTE
Sobre um chão febril,
sob uma estrela árdua
e um céu azul
sem promessa de chuva,
entre o pó e o cacto,
o charque humano
tentando sobreviver.
Em casebres,
afogados na miséria;
vendo visagem...
Vendo o desenho da morte
já no terreiro,
à porta bater...
A morte, diabo sem jeito...
Precoce, agarra o sujeito e
vai cortando, moendo, em lento prazer...
Suga o riso amarelo e teimoso, já chocho:
a sobra de tolerância, lá do âmago;
um resto de confiança no governo,
no governo e em Deus,
(que... só podem é achar isso muito bonito!),
varrendo do paiol do peito
o sobejo de esperança.