Será que um dia eu entendo?

Não tenho a menor pretensão de escrever um poema agora.Parece que a cada dia, eu percebo mais um dos meus defeitos e eles me fazem refletir sobre como eu enxergo as coisas de um modo estranho.

Talvez eu viva numa síndrome de Peter Pan onde o ser criança predomina e me faz imaginar e imaginar e imaginar.

Sabe quando aquela palavra doce, te inspira, te conforta e te faz sorrir . Eu sinto isso e não foi uma única vez .

O problema é perceber que nada disso passa de minha própria imaginação, que se encarrega de criar ilusões que chegam a me sufocar.

Será que eu sou tão cego ao ponto de enxergar que nada é o que parece e mesmo assim insistir em continuar com algo que já sei o fim e que não é bom?

Porque mergulhar de cabeça nessa ilusão? Porque eu não consigo dar um basta? Será isso carência?

O medo de enxergar a realidade dói e dói muito. Antes eu achei que fosse culpa dessa fase de autoconhecimento, mas aos poucos percebo que vai muito além do que posso compreender.

Como se explica esse apego a quem eu sequer tive algo? Como se explica criar sentimentos que só crescem a partir disso tudo.

Nunca houve uma briga, nunca houve um beijo, nunca ouvi aquela troca de olhares. Nada passou de um sonho, um pensamento, uma falha da minha imaginação que parece trabalhar ativamente no meu corpo.

Eu quero me envolver, mas não quero sofrer . E sinto que só eu estou na vibe dessa relação ou o que quer que seja.

Às vezes acho que nada passa de uma ilusão, que não por alguém que estou confuso e sim me apaixono pelo fato de criar uma relação duradoura. Meu inconsciente quer tanto isso que me apego a quem me diz apenas palavras doces.

Também não posso dizer que estou louco e tudo é uma ilusão porque as palavras foram ditas, corrigidas e ditas novamente , cabe a mim interpretar se um sim é um não ou se um não é um talvez.

Mas acho que faltei algumas aulas de interpretação ou talvez na minha escola nunca tenha tido aula de educação sentimental.

Guto Angélico

Guto Angelico
Enviado por Guto Angelico em 07/03/2009
Código do texto: T1474443
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