EU E O MAR

O molhe estava repleto de andorinhas,

E algumas gaivotas bordavam o ar.

A linha do pescador retesou-se

Ao ser esticada por um Bonito.

Era tardinha e a brisa cheirosa

Deixava-me irresponsável da vida,

Degustando apenas o ambiente marinho.

Um mergulho, e o céu quase sem sol

Viu-me desaparecer gostoso

Nas águas acolhedoras e tépidas.

Arrepiou-me a pele num frêmito

E senti a liberdade daquela hora

Por sobre minha cabeça molhada.

A água salgada era o meu espaço

Naquela calmaria onde perto,

Lanchas repousavam suavemente

Umas brancas e azul outras azul da cor do céu

Grande euforia me tomava

E senti versos desabrocharem da minha mente,

Mergulhei novamente e bebi um gole

Como se aquele mar fosse você,

A me envolver...

Então sorri e não me senti só.

Salvador, 01/04/09

Barret.