Sobre Kant (aforismos)

Kant parece querer encontra um “atalho” para chegar a uma fundamentação teológica e moral sem valer-se da experiência empírica.

Discordo deste método – é apenas PROBABILIZANDO sobre dados empíricos já obtidos que se pode chegar adequadamente a uma teoria (sempre PROVISÓRIA) de Deus e moralidade.

“Fenômeno” não é maior ou menor inimigo conceitual da liberdade (arbítrio) que o metafenômeno. (Ver Schopenhauer.)

“Ciência” não é sinônimo de “catálogo de dados positivos”, mas antes uma busca sistemática pelo mesmo. Considere os vários graus de probabilidade.

A fuga maníaca da legitimidade e superioridade do juízo sintético (da experiência, do fenômeno) denota covardia*. Substitua-se isto por um método moderno, que inclua: PRATICIDADE, UTILIDADE, FUNCIONALIDADE + PROBABILIDADE bem-fundada.

* Covardia de encarar a tarefa de viver uma moral não-absoluta, não-relativa e condicionada.

Não se discute o mérito e a importância da busca pela CERTEZA. Critica-se somente a presunção, movida pelo desespero, de supor-se encontrada uma solução precipitada de “universalidade”, tendo em vista as limitações cognitivas dos próprios filósofos.

Evidentemente, o sistema contemporâneo e assumidamente transitório e funcional que eu advogo terá de necessariamente contar com a maior quantidade de dados positivos – mas como “pistas” e “fragmentos” indicadores de uma realidade muito maior.

Não é preciso “saltar” sobre o fenômeno para alcançar a verdade; esta é eminentemente prática. (Falar sobre a Teoria do Caos, Einstein etc. = O fenômeno não é determinista!)