Choro de um Escravo II.

Lá do outro lado

caminha minha vida,

mas distante de lá,

estou eu em milhas.

Meu peso está na alma,

e na pesada barcaça.

No porto, ou no mato ,

encontro-me isolado.

Senzala estreita

armazena e condena ,

a vida alheia de

uma nação moçambiquenha.

Grita o sol,

chora a chuva,

Passam-se minhas emoções

junto com todas as estações.

Lá do outro lado,

caminho em liberdade

e eu aqui com todas estas crueldades.

(texto dedicado a todos os "escravos " que aqui pisaram)

Kiel
Enviado por Kiel em 26/05/2009
Reeditado em 26/05/2009
Código do texto: T1615407
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