QUANDO A SAUDADE BATER

Quando a saudade bater à minha porta,

não há nada a fazer,

senão sorrir por fora e, por dentro,

encharcar os olhos da alma com lágrimas de tristeza,

de desalento, desencanto e solidão...

Quando a saudade bater em meu peito

vou me lembrar de lembranças tantas

que, por fim, me afogarei nas águas mansas

que escorrem de meus invisíveis olhos,

em meu rosto seco, que se encharca por dentro,

por detrás dos meus injustificáveis sorrisos...

Quando a saudade bater, nada a fazer,

a não ser conformar-se e, em silêncio covarde,

apanhar dela...

JD - 31-05-2006