Vida (Aforismo 4)

“O humano tem um valor em si mesmo”, disse Kant, e, por isso, não deveria ser “usado” para nenhuma outra finalidade. Os usos da vida estão aí e provam o contrário. Deprimente uma vida na qual o humano é sacrificado em nome de interesses que lhe são estranhos. Mais uma vez, então, cabe perguntar: o humano nasceu para o dinheiro ou foi o dinheiro que nasceu para o humano? Que vale uma vida se as rédeas dela permanecem em outras mãos? Perdoem-me: isso nunca foi vida – pobre ou rica, é, sim, o paradigma da alienação.