Indústria Cultural

"A globalização da cultura é uma das conseqüências do desencolvimento industrial. A ambição normal de toda indústria cultural é a conquista de fatias do mercado mundial, pela difusão de seus produtos, tanto no Sri Lanka quanto nos Estados Unidos. No entanto, a cultura dos Inuits ou dos bairros operários franceses está estreitamente localizada e não tem a ambição ou os meios de se difundir mundialmente. A indústria se intromete nas culturas-tradrições, transformando-as e, às vezes, destruindo-as. Essa intrusão é um momento de conflitos. Ela se presta à controvérsia e deve ser colocada no centro da anállise da globalização cultural. Na realidade, as culturas antigas são transmitidas pela tradição, ao passo que a cultura industrial se destina à inovação" (WARNIER, J.-P. A mundialização da cultura. Trad. V. Ribeiro. Bauru: EDUSC, 2003, p. 13).

Meu comentário: a indústria cultural não conhece limites. Ali onde o capital pode auferir algum ganho, lá está ela, tiranicamente intrusa. Que pessoas e grupos tenham clareza na lida com esse tipo totalitarismo, agora, pretensamente universal.