Quando a luz dos olhos meus...

Enquanto texto escrito, minhas palavras jamais poderão conter o prazer imensurável da luz dos olhos teus...

Quando te leio, o texto do teu ser, não preciso de rima, de estrofes e de métrica, porque a poesia é em voce, a marca da espontaneidade que conquistou-me os sentidos. Todos os meus sentidos: Visão, paladar, tato, olfato e audição. Como pode ver, eu te leio

voce desperta a minha imaginação, voce toca o meu sentimento, voce provoca a minha razão, voce me aguça o instinto...Porque o mundo parece imenso demais para caber em poemas tão descomprometidos com qualquer interesses de vaidades efemêras de um ser que quisera ser iluminado enquanto escritora. Porque, não entender que há sentimentos por demais obscuros e intraduzíveis num gesto como esse de tentar estender a mão em busca de uma outra mão que distante pudesse porventura compreender que na ânsia de se fazer entender, o poeta ás vezes não encontra o símbolo certo e a palavra apropriada?

Precisa ser assim? Preciso de fato ser tão cansativa, expondo-te as vísceras do meu ser, num enfadonho linguajar por demais previsível, para fazê-lo entender que a cada vez que me negas o teu ser, o meu mundo se cobre de um triste véu de melancolia, onde tudo o mais pareça destituído de beleza e significado? Venero-te, sim, com toda a força deste meu lirismo patético, deste meu romantismo decadente..... Porque somente tu faz-me sentir coisas que me enlevam a alma.

Quisera eu, ao menos igualar-me na maestria com a qual voce me seduz com tamanha facilidade... Desnecessário é dizer que não consigo...

(Do mestre, que despertou-me o prazer poético)

Sandra Vilela (Eternellement)
Enviado por Sandra Vilela (Eternellement) em 12/07/2009
Reeditado em 28/05/2015
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