MEU NADA

Um dia escrevi, e de alguma maneira preenchia minha alma.

Sempre procurei preenche-la. Satisfazia meus desejos mais íntimos enquanto frases e parágrafos se formavam diante de mim.

O desejo acabou. Mas diziam haver tantas possibilidades.

Mas acabou.

Não é tristeza. Não é felicidade. Não é nada.

Nada. E eu que pensei que “nada” não existia.

Mas está aqui, dentro de mim. Preenchendo a minha alma. Ou quem sabe a levando para longe de mim. Que certamente, sem minha alma, não serei Nada.